Somos cegos de ódio, cegos de rancor, cegos por nosso ideal de perfeição. Queremos vingança, queremos a morte dos que nos fazem mal, sem nunca termos parado para pensar no mal que anteriormente o indivíduo pudera ter sofrido
Felipe Neto
Ninguém aguenta blá blá blá dos defensores dos Direitos Humanos, indivíduos cujo propósito de vida é basicamente proteger marginais. Contudo, nosso ódio padrão àqueles que nos fazem mal parte basicamente do instinto, o desejo máximo de eliminar tudo aquilo que está podre dentro do nosso ideal de sociedade perfeita, ignorando por completo as raízes da complexa rede de problemas que produz as arestas que necessariamente precisam ser aparadas de nosso sistema. Em outras palavras: para nós, bonzinhos, nos sentirmos bem, é necessário que os malvados sejam extirpados do meio em que vivemos. Mas a pergunta é: por que precisamos corrigir diariamente centenas de novas arestas problemáticas?
Uma das grandes razões pelas quais decidi abandonar a leitura de material voltado para o estudo da sociologia e antropologia foi basicamente pelo fato de que comecei a compreender os chatos dos Direitos Humanos e a não sentir mais ódio mesmo dos piores assassinos. A compreensão da atitude humana, mesmo que maléfica, vem de um pressuposto simples que trato como verdade: o comportamento humano é igual a soma de código genético e influências ao longo da vida. A partir do momento em que você começa a estudar tanto que percebe que mesmo um serial killer que estuprou e matou 200 meninas virgens é, também, uma vítima, o cérebro começa a despirocar e a vida passa a perder um pouco do sentido. Precisamos do ódio. É simplesmente inaceitável, pelo bem da sobrevivência humana, perdoarmos um “monstro”.
Ok, essa é a hora em que você torce o nariz e me chama de idiota por cogitar a possibilidade do serial killer ser uma vítima. “ELE ESTUPRAVA E MATAVA CRIANÇAS, SEU IDIOTA”. Eu sei, não precisa gritar, mas vamos analisar o caso de um dos maiores assassinos da história? Clique aqui e continue lendo
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